23 novembro, 2007

De onde vem a calma

É mesmo assim... aqueles em quem depositamos tanto, os que nos fazem ver as coisas d'outra forma e que nos fazem tão felizes, de repente vão embora. São sempre os mesmos, ocupam sempre o mesmo lugar - é tudo temporário, logo à partida.
Há outros que ficam, quase sempre ou para sempre. Aparecem-nos quase sem querer e insistem em ficar, aquecem-nos o coração de outra forma, abrem-nos os olhos de outra forma. É tudo mais calmo, mais seguro.


20 novembro, 2007

16 novembro, 2007

Se um elefante incomoda muita gente...



ilustrações por Lizza Littlewort

12 novembro, 2007

Eu a pensar na minha fraqueza. Passos mais ou menos rápidos, a evitar o sol e com pressa de chegar a casa.

Eu também já tive essa força, menina.” Olho para trás. Lábios bem vermelhos e um pozinho de arroz a querer esconder qualquer coisa. As rugas evidentes e o olhar de quem tem aquela ternura da idade.

Agora as pernas pesam mais, a cabeça já não está muito boa…” tentei imaginar como seria eu, daqui a meia dúzia de décadas – não imagino.

Mas vá lá, não a quero atrasar.” Deixei-me ficar. Disse que a acompanhava e que com calma chegaríamos mais à frente. Tentei inventar razões para que não se sentisse tão fraca. “Está calor e o caminho sobe…” não se deixou enganar. “É a idade… aos 70 – e eu já os passei – as pernas ficam mais fracas, tudo nos custa mais. Mas vá lá menina, se atrase.

Eu fico aqui, tenha um bom dia.” – despedi-me a pensar no que nos falta sempre. A uns a força, a outros a vontade. A mim faltou-me a coragem.

09 novembro, 2007

Today...

Please stay for a while now, just take your time where ever you go.

Caminheirismo

Drave '07

Além do que se vê.

01 novembro, 2007

É um mundo misterioso, este.

" Passamos ao lado dos pormenores mais insignificantes: os vidros embaciados, as mãos enrugadas pela água quente, o murmúrio nocturno das grandes cidades. Ligamos a televisão e viramos canais à procura de qualquer coisa. No entanto, aquilo que nos acalma e eleva está mesmo aqui à nossa volta. Invisível e inclassificável, habita por baixo da camada de ruído permanente que nos envolve.E atrás de todo esse som há uma luz, atrás desse muro, há uma festa. "

Para quem não sabe; nem quer saber

De ti, soa-me sempre tudo tão mal, é tão frio. Só precisava que me fizesses sentir em casa, que te preocupasses minimamente e que visses mais para além desse teu umbigo com a mania dos quilos a mais. Não dás nem um bocadinho do que esperei de ti. Agora já nem espero nada. Só que vás percebendo que estou arrependida de te ter confiado esse lugar.
És tudo aquilo que eu esperava não encontrar. Tive medo e tentei fazer uma selecção, quando no fim, calhaste tu. E tão mal...
Tens muito daquilo que desprezo.

Hoje, para ti, as minhas palavras são assim, duras e frias.

Um dia, ainda hei-de aprender a esperar menos as pessoas. O mínimo. Assim só pode correr bem, só pode melhorar. Pior, nunca.