change the world by changing yourself

há 10 meses, quase aleatoriamente conheci o Miguel. o Miguel é português, era engenheiro e vivia em Lisboa, lembro-me de o ouvir falar de fluffy robots, e dos seus óculos redondos e -, para dizer a verdade, - pouco mais. conheci-o mas nem sei se chegámos a falar.

esta semana, o Miguel escreveu-me um email porque viu o meu kind of site e falou do meu trabalho. usou a palavra brutal para o descrever! ainda disse que fica feliz de saber que estou a trabalhar com pessoas tão especiais. 

eu pensava que o Miguel estava a viajar e por isso vi tantas fotografias da Índia no seu instagram. mas não. o Miguel foi sozinho morar para a Índia. foi conhecer as tribos mesmo como quem conhece e não como quem vai tirar fotografias às paisagens. contou-me como vivem lá e como acontecem as coisas mais tristes. nunca deixou de falar da alegria, da amizade e da união das pessoas. o Miguel fez-me ter vontade de ler os posts mais compridos do seu blog, que contam como vê as coisas e como se vive na Índia.

o Miguel vai mudar o mundo a começar pelas tribos da Índia. ele nem desconfia, mas tem-me deixado a pensar...

O Natal

O Natal é hoje e eu não gosto do Natal. No Natal comemos bacalhau, batatas cozidas, couves e um molho bom que a mãe faz. 

No Natal há doces mas eu não gosto de nenhum. No Natal tem de se dizer "Feliz Natal" e desejar que o próximo ano seja lindo. No fim do Natal, as pessoas perguntam "então, foi bom o Natal?". No Natal, a pessoas deviam ir à missa, porque quem faz anos é Jesus, mas ninguém se importa tanto com isso. 

O meu desejo para este Natal é que passe rápido.

i'm not trying hard enough

como se apanha um coração

sem dar o nosso por caução?

tenho o coração às moscas

com muita coisa a ocupar-me a agenda,

e nem tanta coisa a ocupar-me o coração, não tenho tido tempo de parar, de respirar fundo e de sentir que vai dar tudo certo ou que é este o caminho. 

up, Joana, UP!

Quermesse

é o nome do projeto que tenho nas mãos. nas minhas mãos, nas do Rui, da Ana, do Filipe, do Bruno e da Susana (que podem conhecer aqui). 

dentro de poucos dias nasce um restaurante no centro de Lisboa com muita pinta e nenhuma cagança. não queremos ser cool nem usaremos a loiça das nossas avós. não teremos retratos e molduras afixadas na parede nem as cadeiras todas diferentes.

não vamos ter medo das coisas feias da casa dos nossos pais, nem das histórias do bibelôs que toda a gente odeia mas ninguém tem coragem de deitar fora. nos dias que correm, e para contrariar este cenário de tantos dias cinzentos, o que mais vamos ter é coragem!

é aqui que vamos publicando os avanços e o processo criativo que estão a fazer a Quermesse nascer e crescer. sigam, digam qualquer coisa!

adventure may hurt you but monotony will kill you.

vai dar tudo certo.

na minha estúpida incapacidade de te dizer a falta que me vais fazer e o quanto eu gosto de ti, fingi que este dia foi igual a todos os outros dias em que te grito da casa de banho um bom dia, enquanto já estás a abrir a porta da rua.

desta vez, em que a tua partida é mesmo real, não quis pensar muito nisso, para não doer. fui-me focando naquilo que tenho para fazer, tentando ocupar a cabeça toda com isso, para não me custar que a partir de amanhã, já não me digas para ligar o esquentador, ou para apanhar a roupa, ou que me perguntes se podes usar o meu secador.

caramba, desta vez foste mesmo embora e eu só te soube dizer que vai dar tudo certo.

onde queres estar daqui a um ano?

ontem, ao jantar, não soube o que responder a isto.
aliás, soube. soube que quero manter-me numa ignorância que até agora me está a fazer bem. faz-me continuar a trabalhar, a ter dias felizes e a viver bem, sem baixar a cabeça.

em tempos difíceis,

recebi o meu primeiro salário de menina crescida e o mundo tem de sabê-lo.
por isso comprei este anel, para não me esquecer de outubro de 2012.

ontem fui atriz

rua do Alecrim

"espreme essas pedra aí e faça um suco."

Fábio Cristo, obrigada pela frase que diz tudo sobre o último trabalho que aceitei fazer.

uma fotografia do preciso momento em que percebi que estou apaixonada por Lisboa

estrelinha

é o que a minha mãe chama à sorte que tenho. quando estou quase a cair, ou prestes a meter-me numa alhada, há sempre qualquer coisa que me leva a fazer outro caminho. no caso, há sempre alguém.

e são sempre alguéns que não esperava que aparecessem, nem percebo porque é que me dizem para não ir por este lado, para ir antes pelo outro. e eu, sem perceber nada de nada, acabo por ir, por mudar de rumo e um tempo depois reparo no bem que me fez.

estrelinha, fica.

acima do sol

tão fácil perceber que a sorte escolheu você e você cego nem nota.

carta de despedida aos amigos

"Aprendi que todo o mundo quer viver em cima de uma montanha, sem saber que a felicidade está na forma de subir a encosta."

- Gabriel Garcia Marquez

peso das costas

"Joana, das 3 peças que te pedi, faz só a terceira. passei as outras 2 para outra pessoa, para te tirar esse peso das costas."


é desta maneira que esperam que os estagiários aprendam, tirando-lhes o peso das costas.

uma nota para mim

não há sofrer agora para ser feliz depois.

não dá para ficar na agência de direta, nem trabalhar até mais não e dar tudo para ter um futuro melhor, na melhor das hipóteses, daqui a uns 5 anos. não dá para ficar cinzenta quando eu sou colorida, não dá para tentar mais e batalhar por uma coisa que eu sei que não vai funcionar.

há: mudar para um sítio diferente, se estás mal agora. ir atrás do que te vai fazer viver melhor, mesmo se o nome da agência não for tão pomposo. não interessa se vais fazer paralelos, trabalhar numa mina de ouro ou engraxar sapatos, se é isso que te faz melhor agora.

vai, sem medos.

se caíres, será numa nuvem. e se não houver nuvem, vais ter pára-quedas.

3. cai em ambos

perdi-me

em Lisboa, na publicidade, nas agências e nos ASAPs.
está na hora de me voltar a encontrar.

para entrada imediata, que estou aqui num impasse

adobe photoshop

mantém o vector, sempre! não rasteriza, não.
dropshadow? não faz isso nunca, minina!
não apaga, coloca máscara! falei pra não apagar, onde tá a máscara?

mãe, não quero brincar mais a isto.

há um ano,

tirei as rodinhas da bicicleta e ainda estou a aprender a equilibrar-me sozinha. já corri riscos e já esmarroei joelhos, os dois! já caí no chão e chorei, de tanto doer. também já ri até chorar. fiz muitos amigos que me seguraram o guiador e outros que me protegeram, mesmo sem eu estar a ver.

há um ano, licenciei-me em design

e em um um ano: 
fui monitora de um campo de férias para crianças,
mudei-me para Lisboa,
montei uma exposição no MUDE, 
fui voluntária da Experimenta Design, 
fui promotora de uma padaria do Bairro Alto por duas noites, 
fui estagiária e passei a Diretora de Arte na Torke, 
vi um projeto em que participei ser premiado, 
apaixonei-me e desapaixonei-me, 
saí da Torke, 
fiz uma capa de revista ilustrada para a edp Portugal e Espanha, 
já desenhei ao vivo para uma conferência da SIEMENS, 
e entrei na Leo Burnett Lisboa.


caramba, que grande ano passou.

à procura de me encontrar

esta fase da vida é cheia de turbulência, caramba. não estou bem onde estou, nem com o que tenho e não sei onde estaria melhor, mas até tenho umas ideias.

não me façam explicar o que quero, que ainda fico mais confusa.

working on it

devo preocupar-me se

me ocorrer mais do que uma vez por dia, a pergunta "o que é que eu estou aqui a fazer?"?

desvio

foi quando ouvi que a publicidade é mais útil do que o design, que percebi que estou no sítio errado.

- bom dia!

é o máximo que consigo dizer, na minha absurda incapacidade de me apresentar, de dizer que sou nova, que estou perdida e não sei onde é a casa de banho, que não encontro a cozinha e, no meio disto tudo, nem sei mais onde é a minha sala. que estou assustada e que quero passar já estas primeiras semanas. também, talvez não seja preciso... já toda a gente percebeu que eu não faço ideia onde encontrar as coisas e, muito menos, de me apresentar às pessoas novas.

os começos são duros e eu já estou a ter começos demais.

maré boa

- draft -

desde 26 de abril, há tanto para contar que um texto não chega. estou a provar tantas coisas, que não consigo lembrar-me de todas. sem tempo para detalhes, deixo aqui algumas ideias ao molho que me têm ocorrido, para me lembrar depois.


é nos momentos mais frágeis que as pessoas normais se revelam e, as mais inesperadas passam a ser as mais importantes.
em tempo de guerra não se limpam armas.
a pior nuvem não está em cima da tua cabeça.
há males que vêm por bem.


caramba, cada provérbio acenta na perfeição com cada coisa que tem acontecido e eu gostava de poder explicar isto tudo, mas, (acho que) felizmente, não tenho tempo!

- vem ao jardim?

- não vou sair, recebi agora o briefing, quero pensar nisto.
- vai viver, menina! tem o fim de semana inteiro para isso. ora bolas... depois fica querendo achar o príncipe encantado. ele não está nos seus layouts!

- B.

nunca um André me fez bem

um, por ciúmes, acabou.
outro, pelas incertezas do seu coração, deixou-me.
outro, pela situação do país, do mundo e das coisas, dispensou-me.

onde nascem as lágrimas

- mas sabes, as lágrimas não nascem dos olhos. veem mais de dentro: do coração. há dias em que choro só para aliviar, mesmo quando estou bem. tu não?
- não. raramente consigo chorar. não sei, é como se as lágrimas ficassem presas aqui. *aponta para o pescoço*

- M.

nobody said it was easy

not to fail.

demos um passo maior do que a perna.

mas sabes que mais?
há mais caminho para andar. contigo, ou sem ti.

capicua

nenhum fim é um fim. é sempre um recomeço.

sooner or later,

everything is going to be alright.


right?

towers (by bon iver)

fartei-me de ouvir enquanto estivemos. agora, quero ouvir e não paras de aparecer-me na cabeça. fogo, até isto me roubaste.

chuva

cheiro a flores, óculos de sol, t-shirt, café na esplanada e sol que até cega. tudo perfeito. de repente, sem avisar, chuva com fartura, trovoada e tudo.
olha, foi como tu!

terminou o estágio

disseram-me que fique. e eu?
com medo. medo de não saber responder só por mim, de assumir. mas é claro que aceito, é claro que vai dar tudo certo. é claro que vou ficar com olheiras até ao queixo, mas hei-de sobreviver.
vou dizer que sim.


espera lá, estou com medo daquilo com que sonho há meses?

yesterday, between beers

if you are here, stopped, nothing will happen to you. you are safe. but if you go a step out of your confort zone, you are risking and growing up. there's a world to explore. it's risky but in the end, everything is going to be ok. 
so, I'm in Portugal to explore and to grow, that's why.

- Moti from Israel

since you've been gone, all i can do is wait.

●

lately, my room is waking up like this

don't be afraid to fail,

be afraid not to try.

suspenso

ficámos assim. nem bem, nem mal. ficámos suspensos e desmontados. no fundo, ficámos exatamente como tu és. e é assim que deves estar bem, em suspenso.
percebi-o mal te conheci e convenci-me de que nunca daria certo logo, à partida. depois mudaste para aquilo que eu gostei que tu fosses. foste tudo o que não eras. disponível, com vontade, motivado. mas, claro, não durou muito até não aguentares esta pressão, de estar bem, de ser equilibrado e de gostar de alguém.


porque, como tu me ensinaste, não sabes ser de outra maneira.

recentemente

sinto-me tão realizada e tão feliz, que quase não tenho espaço nem direito de estar triste.

para onde

foram as borboletas que tinha na barriga?

"isn't it funny how day by day nothing changes but when you look back everything is different..."

brown's coffee shop

naquele café, quando te conheci, pensei:
pra que é que são esses caracóis? e esses olhos azuis?

- A.

presentes fora da ocasião

o A. desenhou-me na perfeição e ofereceu-me, ontem, só porque sim.

a vida em Lisboa tem sido assim

aproveita tudo. o que concordas, o que não concordas, o que percebes e o que questionas. questiona tudo, põe tudo em causa e leva-o contigo, aprende muito com todos os exemplos.

- Fred. F.

estou a aprender, aos poucos, a questionar. a acreditar, também aos poucos, no potencial de uma ideia que no início nem média parece, quanto mais, a melhor. essencialmente, estou a aprender muito e a crescer mais.

tempo livre?

desde que comecei a estagiar, parece que não tenho tempo para nada. esta coisa de estar sempre de noite não dá com nada. pelo menos, não dá com a minha criatividade e a capacidade de fazer coisas paralelas. bem, já faltou mais para a primavera.


ah, hoje foi um dia bom.

cá se vai andando

vim estagiar. faço o meu trabalho, relaciono-me com as pessoas. o meu diretor criativo não me diz se está bem ou se está mal, só me lança olhares quando falo ao telefone 3 minutos depois da hora de almoço e eu desligo-o, automaticamente, portanto...


cá se vai andando,
com a cabeça entre as orelhas.

as luzes saíram da árvore

Lisboa

jan•2012