demasiada ocupação para tanto que há para contar.
o ano, que em todos os dias me pareceu passar rápido demais. queria ficar mais um minuto por minuto para ter a certeza de que guardo tudo, e que me hei-de lembrar de tudo, quando isto passar.
a pressa de fazer em tempo record quase me fez passar sem absorver o que se passa à volta, mas mais perto do que parecia, quando tudo girava a muita velocidade. vou-me lembrar daquilo que não quero e essencialmente do que vou querer ter sempre perto. vou querer Aveiro perto.
decidi a levantar os cotovelos de cima dos joelhos e não deixar a vida passar-me à frente. agarrei na mochila e fui à aventura (como quero sempre ir), fui ver e absorver tudo o que havia para trazer, do lado de lá de Portugal. dormi onde calhou. e em dias só me tive a mim, os companheiros de viagem e a rua, a ver o resto da vida correr à volta. e é assim que às vezes apetece estar, só com o essencial e alguém com quem partilhar o momento. isto fica à espera de uma cruzinha, quando sentir esta missão cumprida, efectivamente.
passam-se os dias, esgotam-se os meios, energias e destrói-se o organismo. depois a volta a casa, onde até a comida saudável é rejeitada, a que o corpo já se desabituou.
dura pouco a disposição para ficar.
re-encho a mochila e junto-me à luta. um bocadinho deslocada e a procurar um fundamento, a minha própria causa. deixo espaço para os ideais dos outros e procuro os meus.
agora sim, o tempo de ficar, só. ficar e ganhar tempo para perceber o que se tem passado e que com a correria nem percebi.
depois deito-me, e tento dormir sobre o assunto. não consigo.
11 setembro, 2009
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