não demores tanto assim, enquanto espero o céu azul, cai a chuva sobre mim. não me importo com mais nada, se és direito ou o avesso. se tu fores o meu final, eu serei o teu começo.
21 fevereiro, 2008
19 fevereiro, 2008
18 fevereiro, 2008
11 fevereiro, 2008
Cidade Maravilhosa
Calor. Por entre a noite, vi crianças a jogar à bola, na face da estrada. As casas, de tijolos e pouco - muito pouco - mais.
Fez-se dia. Máquina fotográfica, carteira e óculos de sol na mala, fui para o carro. Vidros escuros, portas trancadas. Amendoins assados, balas, refrigerantes, dignidade: tudo se vende, basta haver um sinal vermelho que faça parar o trânsito. Abanar a cabeça ou fingir-me distraída. Metralhadoras em punho, policiais a menos para a quantidade de gente.
Fez-se dia. Máquina fotográfica, carteira e óculos de sol na mala, fui para o carro. Vidros escuros, portas trancadas. Amendoins assados, balas, refrigerantes, dignidade: tudo se vende, basta haver um sinal vermelho que faça parar o trânsito. Abanar a cabeça ou fingir-me distraída. Metralhadoras em punho, policiais a menos para a quantidade de gente.
Os monumentos grandiosos para povo tão pouco preocupado. Anúncios pintados à mão em qualquer muro da cidade, belas cores, muito bons graffitis, para tanta tinta mal gasta em riscos ilegíveis em qualquer fábrica abandonada.
Muita coisa abandonada. Grandes edifícios que não deram em nada, só prejuízo. Abandonados no meio da cidade, cinzentos.
A alma, dão em troca de meia dúzia de reais. Fazem o pino, vendem prémios, prometem financiamentos para tudo (e mais alguma coisa) para gastar o que conseguem numa garrafa de cachaça e duas cervejas.
A natureza, rica demais para tanta gente que não quer saber.
No centro, a vegetação que por pouco ia sendo levada por mais umas barracas dos que vieram na falsa esperança de sucesso. Árvores com muitos metros isolam os ruídos da cidade. Acaba-se o barulho, o povo, o trânsito, as forças policiais. Só a natureza: pássaros, flores, palmeiras e verde, muito verde que fazem esquecer o cinzento da cidade.
Com trinta metros e muitas toneladas, abre os braços de orgulho sobre a cidade, imponente, o Redentor.
Muita coisa abandonada. Grandes edifícios que não deram em nada, só prejuízo. Abandonados no meio da cidade, cinzentos.
A alma, dão em troca de meia dúzia de reais. Fazem o pino, vendem prémios, prometem financiamentos para tudo (e mais alguma coisa) para gastar o que conseguem numa garrafa de cachaça e duas cervejas.
A natureza, rica demais para tanta gente que não quer saber.
No centro, a vegetação que por pouco ia sendo levada por mais umas barracas dos que vieram na falsa esperança de sucesso. Árvores com muitos metros isolam os ruídos da cidade. Acaba-se o barulho, o povo, o trânsito, as forças policiais. Só a natureza: pássaros, flores, palmeiras e verde, muito verde que fazem esquecer o cinzento da cidade.
Com trinta metros e muitas toneladas, abre os braços de orgulho sobre a cidade, imponente, o Redentor.
07 fevereiro, 2008
Girl of his dreams
Entrou no metro, viu uma rapariga e perdeu-a de vista. Descobriu que era a mulher dos seus sonhos e não descansou enquanto não a encontrou. Procurou-a por todo o lado: blogs, jornais, até que apareceu. Uma amiga reconheceu a descrição e agora estão juntos.
06 fevereiro, 2008
Porquê
É estranho, como nestes momentos até a música mais absurda faz todo o sentido.
E se de vez em quando, olhássemos um bocadinho para além dos nossos próprios umbigos?
E se de vez em quando, olhássemos um bocadinho para além dos nossos próprios umbigos?
"eu quero as palavras que me tocam e me dizem que sem mim não és feliz"
Talasnal 2008
No fim, devo dizer que valeu a pena.
As discussões, as desilusões, o sentimento de que não faço parte, a vontade de soltar a resposta, a negação. Vale a pena, insistir em ter os dedos descoordenados nos acordes da viola, vale quase sempre a pena quando no fim me apercebo de que para além da frieza e distância, há um vestígio de orgulho, há reconhecimento.
Pela distância, pela paisagem deserta, pela intensidade e pelas pessoas, essencialmente pelas pessoas... Daqui para a frente e aconteça o que acontecer, posso-me orgulhar de pertencer à K&Batuna, de ter partilhado isto convosco.
Obrigada aos que se dedicaram a organizar isto. Parabéns.
I'm not from Slovakia.
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