e sem perspectivas de vir a mudar de ideias. é que fico com o coração tenso e a cabeça a tentar pensar noutra coisa qualquer.
por terem feito a marca do natal uma coisa tão quentinha, tão da família, tão de abraços e de paz, põe muita pressão em cima de tudo. de há uns anos para cá, tenho tido secretamente outras noites a que chamo natal. são os jantares com a família, em noites em que ninguém está sob a pressão de ter um jantar de paz e amor. ninguém está a fazer para falar da família e dos temas da família.
o meu natal já foi. foi no Porto, há uma semana e sem ninguém saber.
19 novembro, 2014
18 setembro, 2014
amarelo
de repente, estou a escrever isto para um cliente. :)
olha Lisboa: és linda.
O amarelo aquece. O amarelo dá um abraço, em vez de apertar a mão. É quentinho e faz sentir em casa. Este amarelo é o amarelo da luz de Lisboa, e Lisboa é a nossa cidade favorita. Independentemente das outras cidades que vierem aí, e das quais vamos gostar sempre. Mas Lisboa é diferente. Lisboa tem cores doces, lindas e impossíveis no céu, nos fins de tarde de verão. Lisboa reflete o sol na calçada. Lisboa tem uma luz que mais nenhum lugar tem.
O amarelo está de braços abertos e de sorriso aberto (mas o sorriso não é amarelo).
olha Lisboa: és linda.
O amarelo aquece. O amarelo dá um abraço, em vez de apertar a mão. É quentinho e faz sentir em casa. Este amarelo é o amarelo da luz de Lisboa, e Lisboa é a nossa cidade favorita. Independentemente das outras cidades que vierem aí, e das quais vamos gostar sempre. Mas Lisboa é diferente. Lisboa tem cores doces, lindas e impossíveis no céu, nos fins de tarde de verão. Lisboa reflete o sol na calçada. Lisboa tem uma luz que mais nenhum lugar tem.
O amarelo está de braços abertos e de sorriso aberto (mas o sorriso não é amarelo).
18 agosto, 2014
17 julho, 2014
30 abril, 2014
"don't leave me high. don't leave me dry."
e com isto, estás a deixar-me ir. porque não me sabes agarrar. e eu vou estando. para decidires o que queres, ou se queres, ou quando é que queres, ou quando estás preparado. e vais-me matando. porque não sei o que queres. e porque na insegurança de estar a dar-te a coisa certa, já nem sei mais o que te dar. e dou-te menos. e somos menos, sentimos cada vez menos. e antes que não sejamos nada, vou.
já vou no 25º ano
e neste último ano corri muito, e em muitas pistas. e sem dar conta, acabei por criar alguns músculos, que só com o passar do tempo vou percebendo que tenho aqui.
e com tantas corridas ao mesmo tempo, aprendi que tenho de dizer que não a algumas, para ter tempo para os alongamentos, ou só de ficar sentada a olhar para o que corri.
este ano já disse nãos. e dizer não dói. como o caraças! mas faz-me mais rija, faz-me ficar mais perto do que eu quero, e de correr nas pistas certas. em vez de me esgotar a correr em todas.
depois de acabar 24 anos, o que aprendi é que crescer dói. e eu estou com dores de crescimento.
29.abril.2014
Adamastor. o sítio onde passei os fins de tarde do meu primeiro verão em Lisboa.
08 abril, 2014
cagança e cagufa
devia lembrar-me de vir cá mais quando a cagança está lá em cima, em vez da cagufa.
06 março, 2014
a saúde da gente
e a perceção que temos da doença da gente. não há quem não seja doente, ou quem não tenha feito um exame que é esquisito, ou que não tenha sido operado. ao pescoço, ao joelho, aos dentes, ao nariz, às amígdalas, à pila, ou a coisas normais do corpo humano que nos parecem uma grande complicação.
e parece-me esquisito que a perceção das pessoas sobre a doença seja um tabu tão complicado. porque ter uma máscara para tirar o ranho do nariz não é uma coisa complicada, mas quem vê de longe parece que é uma coisa que garante a sobrevivência da gente. que fazer um raio-x significa que sou doente, doentinha.
não sou. não sou nada, até.
não sou alérgica a nada! há pouco quem possa dizer isto.
nunca parti nada.
a minha primeira cárie foi aos 24.
furou-me uma pleura aos 23. e aos 24 voltou a furar, e voltou a furar. e agora, recauchutei-a de vez! tenho uma pleura à prova de bala e para isso passei uns dias no hospital. ou o instagram é só para mostrar imagens de bonitos sorvetes e de palmeiras? não.
pronto, é isto.
estou rija.
e parece-me esquisito que a perceção das pessoas sobre a doença seja um tabu tão complicado. porque ter uma máscara para tirar o ranho do nariz não é uma coisa complicada, mas quem vê de longe parece que é uma coisa que garante a sobrevivência da gente. que fazer um raio-x significa que sou doente, doentinha.
não sou. não sou nada, até.
não sou alérgica a nada! há pouco quem possa dizer isto.
nunca parti nada.
a minha primeira cárie foi aos 24.
furou-me uma pleura aos 23. e aos 24 voltou a furar, e voltou a furar. e agora, recauchutei-a de vez! tenho uma pleura à prova de bala e para isso passei uns dias no hospital. ou o instagram é só para mostrar imagens de bonitos sorvetes e de palmeiras? não.
pronto, é isto.
estou rija.
31 janeiro, 2014
22 janeiro, 2014
falaste das nossas mãos
lembrou-me este desenho que fiz, para não me esquecer daquela coisa que tive, que parecia amor. o estranho é que foi um amor que acabou no mesmo fim-de-semana em que te conheci.
não sei como me fui lembrar disto.
faz agora 2 anos.
não sei como me fui lembrar disto.
faz agora 2 anos.
20 janeiro, 2014
pausa.
é isso. isso ou queimo a pipoca. porque preciso de inspirar, e de me inspirar. preciso de sol, de mar e de estar longe. para não me atafulhar de coisas para fazer, para não me cansar de estar no mesmo sítio onde estou há demasiado tempo. para descansar de nós, também.
daqui a um mês estou longe.
daqui a um mês estou longe.
12 janeiro, 2014
06 janeiro, 2014
03 janeiro, 2014
enrolada na onda
é onde estou. e sabes que mais? já me senti mais aflita para me por de pé e voltar para a areia, e ver-te sozinho a tentar sair. parece-me que estar enrolada na onda pode ser um estado, como outro qualquer. e que não preciso de sair daqui hoje, e se calhar nem amanhã.
vamos indo e vamos vendo.
vamos indo e vamos vendo.
02 janeiro, 2014
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